Falando com amigos numa roda de bar, o assunto assustadoramente chegou no infindável e inútil possibilidade de tentar enquadrar um chato. Porém, diante de tantas perspectivas e certezas de diferentes vozes dos amigos fui percebendo que me transformei num legítimo chato, no entanto como todo chato tenho desculpa para todos os meus nobres adjetivos.
Quando conversamos com um chato é claro que ele tem resposta para tudo, Eu sou assim, mas tenho motivos para dar meu pitaco, sou professor de história e juntando uma informação daqui uma dali quase sempre posso tentar ajudar a explicar algo.
Quando conversamos com um chato ele sempre conhece alguém que viveu algo parecido ou mais extraordinário que a história contada por alguém na roda do shop. É eu sou assim, sempre tenho alguma história para contar sobre o assunto que está na mesa, mas eu não tenho culpa de ter uma família grande com 6 irmãos, 17 tios e mais de cinqüenta primos, sem contar os agregados e os inúmeros amigos e os amigos dos amigos.
Todo chato quando deixa o assunto bom esquece o nome do protoganista do filme, da amante do chefe, enfim o nome essencial da história. Esse talvez seja o meu pior adjetivo, o esquecimento, esqueço nomes de tudo; de filmes, de músicas, das namoradas, realmente de tudo, é só ter nome próprio na conversa, a informação ficou perdida e a história perde a chance de ser interessante.
Como todo chato não conheço todas as minhas chatices e assim fico pensando alto, costume típico de um chato, em qual seria as outras chatices que incomodam. Lembrei, não parar de falar do mesmo assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário