terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Saudades do Murilo

Depois de estar todos os dias e horas do lado do meu filho nas férias, agora no primeiro dia de trabalho, deu uma saudade e acabei lendo alguns textos antigos e o mais antigo foi no dia seguinte de saber que a Letícia estava gravida. Foi assim:

Esperado que já surgiu

Surgiu,

Foi inesperado.

Na verdade, quase inesperado.

Era previsto, mas agora,

Foi Inesperado.

Achei que sabia,

Que era capaz de prever a noticia.

Mas, na hora... Surpresa.

È, na verdade foi inesperado.

Surgiu a noticia.

A notícia quase prevista.

Algo inesperado surgiu,

Surgiu como recado.

Um recado! Quase uma previsão:

“O inesperado precisa ser esperado.”

Já surgiu, já está presente.

Espere agora nove meses.

O inesperado, agora está sendo muito aguardado,

Aguardado com anseios, com sonhos, com apego.

Parece um enigma: espere!

Para saciar, sonhar, pegar.

É inesperada a vontade de não mais esperar

Quero que surja, o esperado,

Na verdade o esperado que já surgiu na minha vida.

Um anúncio que já pulsa

Que também espera o inesperado, o inexpiável.

Aguardo milhares de inexplicáveis milagres.

Pequenos feitos na espera de chegar.

De surgir para os que esperam,

Calma aí, mas ele não era inesperado?

Era, mas agora...

Inesperado é a grande vontade de vê-lo

Como quero que esteja nos meus braços

Mostrando o mundo,

Brincando, festejando a vida

Novas e belas vidas que ganham vivacidade

Como é difícil ter que aguardá-lo


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